Diante dos dilemas que a vida nos impõe, somos impulsionados a fazer escolhas. No entanto, também corremos o risco de ser o escolhido e se dar bem ou mal. No meu caso, me dei bem quando fui contratado pelo Minas Tênis Clube em 2007. Sou eternamente grato pela minha trajetória meteórica e bem-sucedida no Clube, onde joguei como ala, vestindo a camisa 5. No entanto, a minha trajetória no Minas começou de uma maneira imprevisível.
Em 2006, o time em que eu jogava futsal, o Espaço Jovem de Fortaleza, disputou a final do Campeonato Brasileiro Sub-20 contra o Minas Tênis Clube, em Betim. Era o meu último ano nessa categoria. Mesmo com o Espaço Jovem vencendo a partida, eu voltei para minha cidade sem perspectiva de realizar meu sonho de ser jogador profissional. Sou de família humilde, nascido e criado em Pirambu, periferia de Fortaleza, e fui tomado por uma tristeza só de pensar que tinha que deixar o futsal para procurar emprego.
Nem acreditei quando veio o convite do treinador Perdigão (Rodrigo) para eu fazer parte da equipe de futsal profissional do Minas – o que mudou completamente a minha vida. Fomos campeões estadual e metropolitano nas temporadas de 2009 e 2010. Por isso, tenho um carinho imenso pelo Perdigão, por ter sido mais que um treinador, mas um pai que aconselhava e se importava comigo.
Tive a chance de jogar em vários times fora do Brasil: Benfica de Portugal, Al-arabi no Kuwait, Berettyoujfalu 🇭🇺 na Hungria, Svarong 🇨🇿 e Plzen na República Tcheca e Luxol em Malta, mas meu crescimento profissional como o Diece do Futsal aconteceu dentro do Minas. Junto da minha esposa Maria Rosana e da minha filha Jennyfer, tenho também a família formada por colegas do Clube, que se transformaram em amigos para a vida.