Antes mesmo de vestir a camisa do Minas, o Clube já cruzava o meu caminho. Durante minha segunda graduação, tive um professor que treinava o basquete de base do Minas e, a convite dele, assistíamos a jogos na Arena UniBH. Mais tarde, trabalhando na Secretaria de Estado de Esportes, acompanhei de perto projetos que o Clube realizava via Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. E foi justamente no Minas que vivi o encerramento da minha pós-graduação. Um ano depois, vim fazer parte deste time.
A rotina de quem vive o esporte de perto é sempre intensa. Logo no início da minha trajetória aqui, como analista de marketing, acompanhei o Itambé Minas na final da Superliga Masculina, em São José dos Campos. O título não veio, mas presenciei algo ainda maior e mais marcante: o adeus às quadras de dois gigantes, Leandro Vissotto e William Arjona. Foi emocionante testemunhar essa despedida.
Outro instante inesquecível foi contribuir para a realização do Encontro dos Tricampeões, que reuniu gerações vitoriosas do vôlei minastenista. Estiveram lado a lado o Fiat Minas, tricampeão dos anos 1980, e o Telemig Celular Minas, tricampeão da virada dos anos 2000 – um encontro de gerações que revelou, mais uma vez, a força e a grandeza do nosso Clube.
O Minas contribui ativamente não só para o esporte e a formação de atletas, mas também para a formação de cidadãos. Mesmo aqueles que não chegam ao profissional saem daqui melhores do que entraram. Além disso, é um espaço de lazer e cultura para toda Belo Horizonte, com teatro, cinema, galeria, biblioteca, centro de memória e a Arena UniBH – palco de grandes momentos do esporte.
Nestes 90 anos, desejo que o Minas siga crescendo e sendo protagonista da história da capital, preservando sua belíssima trajetória, que tantas vezes se confunde com a história da cidade, e firmando-se, cada vez mais, como o Clube do futuro.