“Nunca me esquecerei daquela noite. O Bell Marques estava no palco, e eu realizava o meu sonho: o de levar a minha filha Rafaela, então com 2 anos, para o primeiro show dela. Eu e minha esposa, Isabella, somos fãs de axé, e planejamos tudo para que a Rafa curtisse conosco. Mas, com seis minutos de show, ela adormeceu. Em vez de colocá-la nos ombros, ela dormiu no meu colo. E foi perfeito assim, uma memória doce que guardo com carinho.
Esse é apenas um dos muitos momentos bons que vivi no Minas. Já fui de tudo aqui: dependente de sócio, ex-sócio, atleta, torcedor, sócio titular e, agora, pai de sócio. Cresci vendo meu pai acordar cedo, calçando as chuteiras para jogar peteca com os amigos, seis vezes por semana. Era o ritual dele.
Como atleta, fui da equipe de natação, depois migrei para o vôlei e viajei representando o clube. Eterno torcedor, carrego comigo memórias vivas das arquibancadas. Uma das mais fortes é a partida do vôlei feminino na Liga Nacional, em 1993. A vitória transformou o Minas em uma verdadeira Praça Sete, em festa e alegria.
Hoje, meus filhos, Rafaela, com 7 anos, e Eduardo, de 4, exploram esse lugar, nas aulas de natação, ginástica olímpica e tênis. Eu e Isabella continuamos na quadra, jogando beach tennis e nos divertindo.
Para mim, o Minas é presente, passado e futuro. É o legado que recebi do meu pai e que agora passo para os meus filhos. É um refúgio de alegrias e de lembranças, onde espero que Rafaela e Eduardo encontrem a mesma felicidade que marcou a nossa vida”.