As brincadeiras de infância, o espírito de equipe, os gritos de guerra, o incentivo dos técnicos e as amizades duradouras... Tudo isso faz parte de quem sou e explica meu amor pelo Minas Tênis Clube. Cresci mergulhando em suas águas, tornei-me atleta e, hoje, sinto orgulho de carregar no peito as cores do Clube que me acolheu como lar.
Entrei para o Minas em 2011, aos 8 anos, como sócia e atleta. Antes, treinava natação e ginástica em uma escola de BH. Meu irmão, Alexander, foi aprovado de imediato no teste de natação do Minas. Eu, na ginástica, não consegui. Mas o técnico da escola, Sérgio Heleuterio, acreditou em mim e convenceu meus pais a se tornarem sócios para que eu pudesse ter a chance de nadar aqui. Foi um presente que mudou o rumo da minha vida.
No início, passava metade do meu dia nos treinos. A piscina era meu parque de diversões, e a alegria daquele tempo ainda reverbera em mim. Aos 12 anos, vieram as competições: campeã mineira, campeã do Sudeste... até que o esporte se tornou meu assunto favorito na escola. Nem todos compreendiam o que significava ser atleta, mas, no Minas, encontrei aqueles que me entendiam.
Não me esqueço de 2015, meu primeiro Campeonato Brasileiro. A estreia foi nos 400 metros medley, justamente a prova de que menos gostava. Confessei ao técnico Gustavo Piza que não estava pronta. Ele sorriu, porque sabia que eu estava. Terminei com a prata, minha primeira medalha nacional, e, dali em diante, fui conquistando outras até me tornar campeã brasileira. Em 2017 e 2021, participei da seleção brasileira.
Morei por anos nos Estados Unidos e voltei para o Minas ainda mais certa daquilo que sempre senti: este Clube acolhe pessoas e transforma vidas. Adoro ver os sócios dançando, jogando baralho... Desejo que o Minas siga sendo isso: um lar que respeita, une e faz cada um de nós se sentir parte.