Era 1987, quando o futsal renasceu no coração do Minas Tênis Clube. Na presidência, estava Urbano Brochado, que havia feito uma campanha com todos nós, os sócios, para trazer de volta o brilho desse esporte em nível profissional. E ele cumpriu a promessa: o Minas voltou a competir, devolvendo vida ao sonho que jamais deixamos morrer.
Em 1993, tornei-me diretor de futsal, uma posição que ocupei por 30 anos. Três décadas de entrega, suor e uma paixão que moldou a história do Clube e a minha. Recordo-me de 1996 como se fosse ontem: a Liga Nacional de Futsal nascia, e queríamos fazer parte daquele momento, mas o preço da franquia, R$ 30 mil, era um obstáculo.
Liguei para nosso patrocinador e compartilhei o sonho. Ele hesitou. A negativa foi um balde de água fria, mas ele mudou de ideia minutos depois. E, assim, entramos para a Liga, um movimento que mudou nossa história para sempre.
O Minas passou a ser proprietário da franquia da Liga, que hoje vale milhões. Trouxemos o primeiro treinador de renome nacional, o Ney Pereira, e construímos um time respeitado em todo o país. Atualmente, o futsal do Minas é símbolo de formação e excelência.
Em 2023, fui condecorado com o escudo de ouro pelos serviços prestados, um momento de profunda emoção. Sou sócio eterno daqui! Hoje, não estou mais na direção, mas o Clube ainda é meu lar. Sempre que saio de casa, perguntam-me: "Vai para sua casinha?" Sim, é o Minas! Aqui, jogo cartas, acompanho os jogos e recebo o carinho de todos. Serei eternamente grato ao privilégio de ter vivido e ainda viver essa história.