A minha família faz parte desses 90 anos desde antes do primeiro tijolo. Tudo começou na década de 1930, quando meu avô, Esmeraldo Augusto Borges, engenheiro civil, afirmou, com ênfase, que, no terreno por onde passava um córrego e havia lixo, era possível dar asas a um sonho. Ele apresentou a ideia ao então governador Benedito Valadares, que, ao abrir uma das janelas do Palácio da Liberdade, exclamou: "Você acaba de resolver meu problema com o lixo!" Assim, nasceram as primeiras linhas da história do Minas e da nossa história com ele.
Minha avó, Annita de Melo Borges, foi pioneira. Em 1939, tornou-se diretora do setor de Educação Física. Ela acompanhava as meninas do primeiro time de vôlei feminino do Minas, e os uniformes eram costurados na casa dela.
Meus pais, ainda namorados, dançavam nas Missas Dançantes que começavam após a missa na Igreja de Lourdes. Anos depois, meu pai, Newton Borges, participou como conselheiro da expansão do Minas I, mas partiu antes da obra se concluir. Ele foi homenageado in memoriam na placa inaugural.
Cresci ouvindo as nossas histórias com o Clube. Hoje usufruo das diversas atividades que o Minas me proporciona e agradeço a todos que colaboraram para esse inestimável legado para BH. É um prazer estar nesse lugar que se mistura com a minha história!
O Minas é um lugar que se abriu para o mundo, recebe atletas de todos os países e tem uma importância a nível mundial. Que ele continue servindo à população e se abra, cada vez mais, para o mundo, como fez conosco: com acolhimento, coragem e amor à história.
Me orgulho muito da minha família ter feito parte dessa história.