A bola parece estar no meu sangue. Tive a certeza disso quando pisei pela primeira vez no Minas Tênis Clube e consegui passar no teste para jogar futsal aos 10 anos de idade. Fiquei maravilhado com o tamanho do Clube. Nunca tinha visto algo parecido, com muitas piscinas e quadras. Naquele momento, falei para mim mesmo: “Dieguinho e Minas Tênis Clube vão viver muitas histórias legais e conquistar muitos títulos”.
Foram 12 anos vestindo a camisa do Minas. Comecei no pré-mirim e fui até o profissional. Passa um filme na minha cabeça e logo me lembro de um momento especial. O ano era 2012. Jogamos em Joinville (SC) contra o time da casa, o Joinville Esporte Clube, e levamos a melhor: a Taça Brasil, um torneio bem importante. Não poderia ter coincidência mais feliz. Hoje moro nessa cidade e jogo como pivô pelo time de mesmo nome. Sou casado com uma joinvilense, a Susimara, com quem temos o grande amor das nossas vidas: a Valentina, de dois anos. Sinto um orgulho imenso de ser pai dela.
O futebol está no DNA da minha família. O meu avô materno, Osmir Ludgero, morou em Baguari, distrito de Governador Valadares, e jogava muito. Ele chegou a ser convidado para fazer parte do Esporte Clube Democrata, mas sua mãe o proibiu. Meu pai também era bom de bola, jogou no time do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, mas não quis seguir carreira no futebol.
Nasci em Ribeirão das Neves. Minha mãe Eliane e meu pai Robson, quem me criou, sempre batalharam bastante para cuidar de mim e de meus cinco irmãos. Sou muito grato a eles e aos treinadores Taveira (Luiz Henrique), Perdigão (Rodrigo), Ziquinho (Frederico Falconi Costa) e Paulinho Cardoso, que me ensinaram muito no Minas. O Taveira foi meu pai no futsal e é um grande amigo. O Clube tem uma característica marcante que extrapola a formação de atletas: prepara pessoas para se tornarem seres humanos melhores. Minha história com o Minas se resume em gratidão e felicidade.