A sensação prazerosa de jogar peteca ganhava um gostinho especial quando subia ao pódio e mostrava uma medalha ou um troféu. É uma emoção inexplicável ver as pessoas aplaudindo e depois me abraçando. Minha trajetória representando o Minas Tênis Clube foi marcada por esses momentos inesquecíveis.
Tinha 16 anos quando conheci o lugar. Havia sido convidada pelo técnico Cicinho (Cícero Cerqueira Pereira Júnior) para participar do processo de seleção de atletas. Foi amor à primeira vista com o Clube. Fiquei impressionada com a estrutura incrível que me motivou a treinar.
O Cicinho adorou meu jogo. Eu tenho uma pingadinha que é muito boa, faço no canto, e também pulo alto para cortar. Em pouco tempo, conquistei o Campeonato Mineiro. Ganhei em torno de 50 medalhas e 25 troféus junto à Irene Armond, parceira de quadra. Joguei na categoria por idade e também Adulto, Pro e Sênior.
Os campeonatos brasileiros eram os mais cansativos, porque treinávamos muito. Uma das finais da qual mais me orgulho foi com o Praia Clube. Irene e eu demos o nosso melhor e levamos a final de 2016. Também ganhamos o mesmo campeonato de 2023, em Curitiba.
Gosto da adrenalina dos esportes e curto muitas outras coisas: artes plásticas, desenho e arquitetura. Enquanto filha única, sempre me virei sozinha. Na época da faculdade de Odontologia, dava aula de dança de salão, trabalhei em loja, vendia bijuterias e roupas de ginástica e aprendi a fazer clareamento dental.
Hoje sou mãe da Amanda, de 7 anos, dona de casa, empresária e atuo como ortodontista. Continuo a treinar peteca com o meu marido Adriano e a participar de torneios agora com outra parceira, a Laura Caetano. Também jogo beach tennis e tenho como hobby tocar violão, piano e pandeiro.