Apresenta: CDL 65 anos Estapar
O Clube é a casa das nossas memórias, é sentimento, é celebração da vida. Aqui, somos corpos em movimento e corações em festa
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Outro dia, tive acesso à minha primeira carteirinha de sócio. Bati os olhos na foto e nos registros. Não teve jeito, senti muita emoção, como na primeira vez que entrei no Clube acompanhado do meu pai. Tinha uns 11 anos de idade, havia chegado de Rio Casca (MG) e me deparei com a estrutura do lugar, que era quase do tamanho de um bairro da minha cidade. Voltei aos 17 anos e gostei ainda mais do Clube, porque a piscina estava cheia de gente bonita. Dessa vez, já havia me tornado associado juntamente a um grupo de amigos do trabalho como auditor.

Na época dos bailes da Missa Dançante, buscava quem hoje é minha esposa, a Cleyde Motta Viega, na Boa Viagem e seguíamos de mãos dadas pela rua da Bahia. No salão do Clube, de sapato de camurça, dançávamos samba puladinho e rock com a leveza de quem vive o agora.

Atualmente, faço aulas de pilates, musculação e já fiz yoga, mas quem gosta de praticar essa modalidade é a minha esposa. Por duas vezes, ela foi campeã da prova Itambé Day Hoje, comprovando que cuida bem da saúde e tem vigor físico. Já minhas filhas Alice, 54 anos, e Fernanda, de 50 anos, desde pequenas frequentaram o Minas e fizeram atividades esportivas aqui. Elas não moram mais em Belo Horizonte e toda vez que nos visitam é uma felicidade rever os netos Laura, 24 anos, Mariana, 20 anos, André, 19 anos, e Victor, de 18. Todos pedem convites para passar o dia no Clube. 

Quando adolescente, a Alice tinha um desempenho excepcional na piscina: nadava borboleta, crawl e outros estilos. A gente tem uma foto do dia em que ela recebeu a medalha da prova feminina de 1.500 metros pelas mãos da famosa nadadora Maria Lenk, dentro do Minas. Foi uma ocasião memorável. Minha esposa e eu acompanhávamos de carro as viagens da equipe de natação do Clube por vários cantos do Brasil. Era muita adrenalina. Fiquei conhecido como o torcedor da natação do Minas nos campeonatos, porque eu gritava muito e sacudia no ar uma toalha para dar sorte para Alice. 

Sete décadas se passaram desde o primeiro passo que dei neste lugar, ainda menino.  E, hoje, com tudo que já vivi aqui, estou certo de que o Clube é a casa das nossas memórias, é sentimento, é celebração da vida. Aqui, somos corpos em movimento e corações em festa.

José Sávio Miquelão Veiga, 81 anos, aposentado e sócio