Sempre fui do esporte. Em quatro décadas como sócia do Minas Tênis Clube, minha trajetória passou pela ginástica rítmica, academia, tênis, vôlei... No entanto, há dois anos, entrei para um time diferente: o da doação. Sou voluntária do projeto Minas Solidário e, recentemente, virei ponte e apadrinhei uma instituição que acolhe crianças com câncer. Escuto as necessidades dela, levo ao Minas e, juntos, construímos possibilidades. Ali, ao ver mães e filhos tão valentes, sinto-me parte de algo maior, que faz a diferença na vida das pessoas. 

Quando me aposentei, quis retribuir o que vivi neste Clube, um lugar onde cresci por dentro e por fora. E, no Minas Solidário, encontrei propósito e braços abertos. O bem que fazemos ganha forma e o que recebemos é imensurável – bem maior do que doamos. São cerca de 50 instituições atendidas com livros, arte, esporte, roupas, palavras, esperança... Sempre há algo a doar e muito a aprender.

Lembro de uma ação para arrecadação de alimentos em um torneio de judô. Ver aqueles donativos chegando a crianças sem acesso ao esporte foi um momento que me encheu de emoção. 

A minha inspiração para o trabalho voluntário veio da minha filha Sofia Campos de Figueiredo Vieira, de 26 anos. Desde menina, ela enxergava o outro com olhos generosos e fez parte de projetos voluntários na escola. Com ela, aprendi a ver o mundo por outra lente e, no Minas, encontrei a chance de agir.

O Clube é o meu lugar da ação. Aqui, sinto-me feliz nos treinos de vôlei, nas resenhas depois das aulas, na piscina... E, no voluntariado, sinto que faço parte de algo ainda maior. Isso porque o Minas é referência para a sociedade no esporte e tem se tornado também para o lado social. Junto dele, estamos transformando vidas, estendendo mãos a quem precisa. É um privilégio imenso viver essa história grandiosa!