Apresenta: CDL 65 anos Estapar
O Minas é um clube em constante transformação, assim como a arte, como a vida, como eu. E é uma alegria imensa fazer parte disso

A arte me trouxe de volta ao Minas Tênis Clube. Foi como abrir uma porta que sempre esteve ali, à minha espera. Aqui, fui muitas: a menina que nadava, a adolescente que ria à beira da piscina, a jovem que ensinava música nas colônias de férias, a mãe que via a filha brincar nos mesmos espaços da infância. E, agora, sou a mulher que dança, canta e reencontra laços com os outros e comigo mesma.

Em 2022, dancei no Festival de Volta ao Mundo. Naquele palco, reencontrei o que me move. Desde então, não parei mais. No espetáculo “No ritmo da história: 90 anos de memórias e emoção”, dancei a valsa que homenageou os antigos bailes de 15 anos do Clube. Eu, que sempre sonhei com uma festa assim, realizei esse sonho dançando, tantos capítulos da minha própria história.

A arte reacendeu em mim o desejo de estar aqui com mais frequência. Entrei para o coral na pandemia e nunca mais saí. Minha filha, Maria Valentina, agora faz aula de violão. O Minas voltou a ser o nosso ponto de encontro, um lugar de múltiplos papéis e novos começos.

Hoje, participo das sextas culturais, dos shows, dos eventos do Minas Solidário. No Minas na Praça, cantei com o coral na Praça da Liberdade. Foi lindo ver o Clube ocupando a cidade, levando emoção para além de seus muros.

Nestes 90 anos, há muito o que celebrar. O Minas é um clube em constante transformação, assim como a arte, como a vida, como eu. E é uma alegria imensa fazer parte disso.

Andrelya Joanny Andrade Martins, 54 anos, professora de dança e de arte e sócia