Apresenta: CDL 65 anos Estapar
O Minas foi minha escola, minha universidade, minha pós-graduação. Aqui, encontrei líderes que acreditaram em mim e uma equipe que caminhou junto

Parei de jogar vôlei por causa de uma lesão no joelho. E, no instante em que me despedi das quadras, fiz uma promessa a mim mesma: estudaria para que outros atletas não precisassem viver a dor que eu vivi. A promessa virou missão. A missão virou caminho no Minas Tênis Clube.

Foram 15 anos de uma trajetória que começou como estágio e se transformou em referência internacional na prevenção de lesões no esporte. Mostramos ao mundo que, com ciência e gestão, é possível mudar a história de atletas no Brasil.

Entrei no Clube em 2001, como estagiária, para atender sócios com dores crônicas, em um programa que já era, à época, visionário. Dali, ganhei asas: cheguei à base da Seleção Brasileira, tornei-me fisioterapeuta do Minas e, em 2018, integrei a comissão técnica da equipe de vôlei feminino. Foi quando o sonho tomou forma.

Naquela equipe, com Gattaz, Gabi e Natália – todas com lesões crônicas nos joelhos – fizemos uma temporada inteira superando desafios. Com coragem, cuidado e ciência, trouxemos o título da Superliga para casa.

Iniciamos avaliações de pré-temporada em parceria com a UFMG, mostrando que ciência e esporte, juntos, podem reescrever destinos. Em 2013, saí para o doutorado. Voltei no ano seguinte como coordenadora de fisioterapia. Fui convidada para integrar a comissão científica do Comitê Olímpico Internacional. Nosso trabalho foi premiado nacionalmente. Depois, veio o pós-doutorado na Holanda. Agora, estou como a primeira mulher no futebol na direção de performance do Esporte Clube Bahia.

O Minas foi minha escola, minha universidade, minha pós-graduação. Aqui, encontrei líderes que acreditaram em mim e uma equipe que caminhou junto. Que este Clube siga sendo farol: cuidando de pessoas com excelência, unindo ciência, gestão e amor ao esporte.

Nathália Bittencourt, 44 anos, fisioterapeuta do esporte