Era madrugada no Brasil quando meu celular tocou. Na tela, uma chamada de vídeo do Sérgio Marques. Do outro lado do mundo, em Tóquio, Fernando Scheffer, ainda ofegante, deitado na maca, com a medalha recém-conquistada no peito. Assim que atendi, ouvi a comemoração, o grito da vitória, e me juntei a eles daqui. Despertei o prédio inteiro, tomado pela euforia e fui invadido pela sensação de dever cumprido. A medalha era também a realização de uma meta profissional minha, vivenciada dia após dia nas piscinas do Minas.

Acompanhei Scheffer desde que ele chegou ao Clube, ainda na categoria júnior. Vi de perto todo o crescimento dele e, por isso, a medalha foi um marco na minha trajetória como colaborador do Clube.

Essa evolução que vemos nos atletas é um reflexo do próprio Minas: um Clube que não se permite parar, que se reinventa, se moderniza e tem uma busca incansável pela excelência. Estou aqui há 15 anos. Entrei depois de um rigoroso processo seletivo para atuar no esporte de alto rendimento, e tenho aprendido nesse tempo que, assim como os atletas, nós, colaboradores, também precisamos nos adaptar, crescer, superar.

O Minas não se acomoda. Seja na gestão, na inovação ou no esporte, ele está sempre se movendo para se manter no topo. Estive presente nos 80 anos. E, agora, nos 90, sinto-me um privilegiado. Que venham mais 90 anos! E que o Clube siga de braços dados com o futuro, sem abrir mão da sua essência e dessa busca incansável pela excelência. É nessa jornada, feita de suor, conquistas e transformação, que o Minas se mantém do tamanho que é: gigante.