Eu era professora da rede estadual quando o Minas Tênis Clube atravessou os portões da escola onde trabalhava. Foram buscar talentos, garimpar futuros atletas entre crianças que, até então, jamais tinham sonhado com ginásios iluminados e pódios. Entre os escolhidos, estavam alunos meus. Eu sabia que aquela visita podia ser a virada de vida que eles ainda não enxergavam. Reuni as mães, conversei, insisti. Uma delas, a Raquel, abraçou a oportunidade. Dez anos depois, o filho dela, Ivan Botelho, é atleta minastenista. No ano passado, ele veio ao meu restaurante, com as medalhas no peito, mostrar-me as conquistas. Meu coração se encheu de orgulho.
O Minas tem esse poder de transformar histórias. Não apenas as de quem nasce cercado por quadras e piscinas, mas também as de crianças que, em outros contextos, talvez nunca tivessem a chance de ser atletas. Esse lado social do Clube é um presente para a cidade e para os sonhos. Na minha família, o Minas virou casa e deu a cada um de nós a oportunidade de nos movimentarmos no nosso próprio ritmo.
Somos de Belo Horizonte, mas moramos por 15 anos em Pernambuco, e, quando retornamos, tornamo-nos sócios porque eu e meu marido valorizamos o esporte. Meus filhos adolescentes fizeram da natação ao vôlei. O Artur, meu primogênito, chegou apaixonado pelo atletismo, mas se encontrou no vôlei do Clube. Foi convocado para a equipe, mas, por causa de uma lesão, decidiu mudar de rumo e se preparar para estudar medicina. No entanto, os treinos no Minas o tornaram um dos maiores atletas da Universidade Federal de Ouro Preto. Já Caio e Lucas preferiram nadar por prazer; e Daniel fez a escolinha de esporte por um tempo. O Clube os acolheu do mesmo jeito.
O Minas tem um ambiente salutar, onde a gente sente uma energia boa só de atravessar os portões. Conecta pessoas pelo esporte, pela saúde, pelos momentos de vida, pelas amizades. Que ele continue assim, em movimento, abrindo caminhos, espalhando saúde e oportunidades, e siga sendo esse elo que transforma sonhos em realidade.