Todos os dias, faço o mesmo caminho de ida e volta da minha casa ao Minas Tênis Clube. Chego a repetir esse trajeto até três vezes no mesmo dia, quando acompanho meus filhos, Miguel, de 14 anos, e Pedro, de 11, nos treinos de tênis e basquete. Ao entrar pela rua Espírito Santo e subir a rampa, vejo bebês brincando e sou tomada por flashes da infância dos meninos. A gente brincando de castelinho na areia, curtindo a piscina de toboágua, monitores chamando para a atividade e a música de fundo “Teatrinho vai começar". Sou tomada pelas lembranças do Pedro, com menos de um ano de idade, sentado no tapetinho, cercado de brinquedos e eu me perguntando: “Meu Deus, não acredito que esse menino está engatinhando?”.
São anos frequentando o Minas Tênis Clube e em diferentes fases da vida. A Instituição não é apenas um espaço de lazer e atividade física, existe uma relação familiar, como o quintal da nossa casa. Afinal de contas, é ali que meus filhos cresceram, brincaram, aprenderam a nadar e mergulhar.
Sou jornalista e atuo como servidora pública. Nas horas vagas, amo dançar. Para mim, isso é vida. Fiz balé e jazz na infância, dança do ventre nos meus 20 anos. Parei durante um tempo e retomei, aprendendo bachata, merengue, funk, piseiro e tem o dia que é só samba no pé. Sou daquelas que ficam na frente do palco pulando e aproveitando muito as festas do Clube.
Gosto tanto de celebrações que já comemorei meu aniversário de 37 anos em um show do Double You no Minas. Eu me diverti muito e falei em tom de brincadeira para minhas amigas que estão comigo em todos os eventos: “Gente, eu contratei essa banda para o meu aniversário”.
Além de aproveitar bem as festividades, tem um lugar mais sossegado que ganhou meu coração: a Biblioteca do Clube. Já peguei mais de 60 livros de literatura portuguesa e africana. Levo meus filhos para incentivá-los ao hábito da leitura. O Rafa, bibliotecário, conhece o meu perfil e me indicou recentemente autores brasileiros mais modernos, que escrevem romance e abordam temas políticos e sociais, como é o caso do Itamar Vieira Júnior. Sou o tipo de leitora que gosta do papel, que curte anotar em um caderninho frases tiradas dos livros.