Minas Tênis Clube
Quando bato o olho na entrada do Minas Tênis Clube pela rua da Bahia, mais precisamente na arena esportiva, fica impossível não sorrir e o coração se encher de saudade da minha mãe

Nasci para “maternar”. Sempre me imaginei no papel de mãe a ponto de escolher, ainda criança, o nome dos meus filhos. Antes de engravidar, sempre fiz alguma atividade física no Clube, mas quando os filhos nasceram passei a me dedicar a eles. Não tive babá e contava com a ajuda da minha mãe. 

Parei de me exercitar, engordei muito e fiquei sem autoestima. Cheguei a pesar 100kg. Voltei aos poucos à atividade física, logo que o Eduardo foi para a escolinha, e, durante a pandemia, peguei firme na musculação e no cárdio. Faço de segunda a segunda, inclusive fins de semana no Minas. Hoje, peso 50kg e estou bem diferente: mais bonita e vaidosa.

Quando bato o olho na entrada do Minas Tênis Clube pela rua da Bahia, mais precisamente na arena esportiva, fica impossível não sorrir e o coração se encher de saudade da minha mãe Rozamélia Brandão Rocha (1948-2017). 

Sua alegria contagiante como torcedora da equipe de vôlei do Clube era impressionante. Cada partida se transformava em uma festa com direito a levar palitinhos infláveis e docinhos para animar toda a família. A gente gritava, ria e chorava com o time do técnico Cebola (Carlos Alberto Villar Castanheira) e dos jogadores: Maurício, André Nascimento, Henrique, Douglas Cordeiro, Giba, Ezinho e Serginho. 

Comecei a frequentar o Minas Tênis Clube na adolescência. Nasci em Minas Gerais, morei no Rio e voltei para BH com 15 anos de idade. Desde então, nunca deixei de ir ao Clube, que fica a um quarteirão de onde moro. As pessoas brincam comigo, dizendo que pareço um político, cumprimentando cada um dos funcionários, conversando e interagindo com tanta naturalidade como se estivesse em família. 

Vou ao Clube todos os dias, porque faço musculação e meus filhos Laura, de 12 anos, joga vôlei, e Eduardo, de 11, futebol. Divido o meu tempo de dona de casa com os cuidados também com o meu pai, José Geraldo Rocha, de 82 anos, que mora comigo. A maior parte do tempo, estou buscando e levando meus filhos na escola e no Minas Tênis Clube. Amo a nossa rotina de convivência e aproveitamos muito o dia, porque acordamos e dormimos cedo.  

Nathália Brandão Rocha, 45 anos, advogada, sócia