Minas Tênis Clube
Quando se é jovem, a vida segue no piloto automático; e quando se aposenta, surge a pergunta: e agora? Onde está o meu lugar? O Minas foi a minha resposta
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Quando a gente se aposenta, perde um pouco do pique de se levantar de manhã e sair de casa. O mundo já não gira com a mesma urgência e a rotina, antes tão cheia de compromissos, começa a se esvaziar. No entanto, esse não foi o meu destino. O Minas me puxou pela mão e despertou em mim a artista que estava escondida atrás das responsabilidades profissionais e familiares.

De economista, tornei-me artista. Sempre gostei muito de música, especialmente de cantar. Em 2015, folheando a Revista do Minas, eu e meu marido, Adeilton, resolvemos fazer o teste para o coral. Ele passou como tenor, e eu, como soprano. Desde então, o grupo é a nossa terapia. É uma forma de espantar as sombras e trazer à tona tudo o que fica guardado no peito.

Há dias em que saímos de casa preocupados e voltamos abraçados. O Minas entende essa essência e trata cada coralista como profissional, com muito respeito.

Além do coral, frequento as festas e bailes, e também me arrisco na escrita. Já fui premiada em concursos de crônica, poesia e conto do Clube. Eu e Adeilton também escrevemos samba-enredo para o Doidivanas, com o qual tivemos a alegria de conquistar o título no Carnaval do Minas três vezes consecutivas. E já estamos prontos para 2025!

Quando se é jovem, a vida segue no piloto automático; e quando se aposenta, surge a pergunta: e agora? Onde está o meu lugar? O Minas foi a minha resposta. Aqui, me reencontrei e despertei um sonho adormecido. É uma gratidão imensa!

Lourdinha Paganini, 65 anos, economista, aposentada, sócia