O voleibol evoluiu, alterou regras. O Minas Tênis Clube também foi se modificando ao longo do tempo, expandindo e melhorando sua estrutura para receber o associado. O que não mudou, no entanto, é o amor que sinto pelo esporte e pelo Clube onde cresci, treinei, conquistei títulos, fiz amizades e trabalhei (atuei no Náutico por 16 anos). Sinto orgulho da minha história no voleibol do Minas.
Fui criada dentro do Minas e, desde que me entendo por gente, gosto de jogar vôlei. Não poderia ser diferente: meu pai, Nelson Bartels, foi um dos grandes nomes da modalidade e minha mãe, Lúcia, além de ser linda, também foi jogadora. Na minha casa, a brincadeira do fim de semana, férias e até nas viagens era jogar vôlei.
Recentemente, ganhei uma homenagem digna de me emocionar. Fui agraciada pelo clube com a placa de Atleta Ouro 2024 e me senti a última bolacha do pacote.
Dos treinos com a equipe às disputas dentro e fora do estado e do país, doces lembranças me enchem de alegria e são motivo de orgulho, como a final em que fomos campeãs da Copa Brasil 1983. Conquistamos o título numa época em que Rio de Janeiro e São Paulo tinham hegemonia no vôlei. Nosso jogo contra o Fluminense foi um dos primeiros a ser transmitido ao vivo e narrado por Luciano do Valle.
Representei o Clube disputando em todas as categorias como levantadora. Em 1978, participei da categoria infantojuvenil na Seleção Brasileira, oportunidade em que a equipe disputou o Campeonato Sul-americano em Buenos Aires e conquistou a medalha de prata.
No túnel do tempo, também me recordo de quando o Clube fechava na hora do almoço e reabria às 14h30, permitindo a entrada somente de mulheres até as 15h30. A gente fazia a festa e achava o máximo os meninos ficarem de fora. Naquele momento, o Minas era só nosso. Minhas amigas e eu demos trabalho para o Seu João Bolinha, funcionário que a gente tentava driblar, fazendo bagunça.
Recentemente, ganhei uma homenagem digna de me emocionar. Fui agraciada pelo Clube com a placa Atleta Ouro 2024 e me senti a última bolacha do pacote. Hoje, faço pilates e estou na fila da musculação. Também não perco um jogo do time de vôlei da casa – sou daquelas torcedoras que vibram muito. Além de conquistar troféus e medalhas com a minha equipe, coleciono amizades no voleibol. E olha que não são poucas amigas, porque joguei na categoria master e, até pouco tempo, na super master. Aos domingos, a gente se encontra na lanchonete do Minas, onde acontece a resenha. Vamos a bares, restaurantes para comemorar aniversários e celebrar a vida. Adoro viver cercada de amigos. Minha outra alegria é visitar meus filhos. A Fernanda, 36 anos, mora na Alemanha. Já Frederico, 38 anos, é casado com Amanda. Eles são pais do meu neto Samuel, de quase um ano, e moram nos Estados Unidos.