Aos 14 anos, comecei a jogar vôlei no Minas Tênis Clube. Era uma adolescente cheia de sonhos, e as quadras do Clube me ensinaram a acreditar neles. Na época, era atleta-militante, trazida pelos primos que eram sócios. Eu cresci com o time, e, a cada vitória que trazíamos para o Minas, crescia em mim o sentimento de pertencimento.
Em 1979, recebi o título de Atleta Emérita e, com ele, a cota do Minas. Esse foi um dos maiores presentes que a vida me deu. Foi como ganhar uma medalha que não se pendura no peito, mas se leva na alma para sempre. Entre tantas conquistas, destaco a Vª Taça Brasil de Voleibol Feminino, em 1974, em São Paulo; e o vice-campeonato Sul-Americano, em 1976, na Argentina.
Além disso, ganhei mais do que títulos. Aqui, nunca estamos sozinhos. Tenho amizades que atravessam quadras, piscinas e o tempo. São amigos de todas as gerações, do vôlei, do tênis. O Minas é isso: família. Minhas filhas e meus netos frequentam aqui com o mesmo carinho que eu sinto desde a adolescência.
Hoje, aos 71 anos, sou conselheira e considero o Clube um lugar de vida. Estou na equipe master de vôlei e jogo tênis. Sigo competindo, trazendo títulos e desafiando o tempo. E não penso em parar.
Meu maior troféu é a oportunidade de fazer parte desta história. No Minas, celebro não só o esporte, mas a alegria de usufruir de tudo que o Clube oferece. Ser Minas é carregar no coração um legado vivo, que atravessa gerações e faz a vida pulsar como uma vitória eterna.