Há momentos na vida que a gente só precisa de apoio para superar as dificuldades e perseguir nossos sonhos. Esse alicerce eu encontrei jogando basquete no Minas Tênis Clube, dos 17 aos 20 anos. Vibrei como nunca quando passei pela peneira do Clube e fui o único classificado, junto a outro garoto, para fazer parte do time da casa, dentre os 50 participantes.
Como pivô, tive a oportunidade de conhecer muitas cidades em diferentes estados. Participamos da Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB), do Campeonato Interclube e muitos outros. Ganhamos o Campeonato Mineiro de Basquete Sub-18 em 2019.
Antes de jogar pelo Minas Tênis Clube, eu tentava conciliar estudo, trabalho e treino, mas não obtinha bons resultados. Nasci e cresci em Santa Luzia, onde há poucas oportunidades para jogar basquete. Fiquei fascinado quando vi pela primeira vez uma partida de basquete pela TV na casa de um amigo. Eu tinha 12 anos de idade, media 1,83m e senti uma identificação imediata quicando a bola e ensaiando alguns lances com garotos grandões como eu na Praça Bom Pastor, no bairro São Benedito.
Aquele menino cresceu e atualmente tenho 2,10m. Tenho saudade do frio na barriga antes das partidas e de como me sentia importante dentro de quadra, vestindo a camisa 42 e tirando foto junto à equipe do Minas Tênis Clube. Apesar de ter começado tardiamente no basquete, aprendi muito e em pouco tempo a metodologia do esporte: disciplina, respeito e propósito de vida.
Logo após a minha aposentadoria, atuei como massagista da equipe Sub-15 de futebol do Clube América e isso só reforçou meus aprendizados da época de atleta. Carrego comigo os ensinamentos que me ajudaram a moldar quem eu sou, superando desafios, correndo atrás de oportunidades e batendo metas no meu atual trabalho, que é gerenciar uma equipe em uma unidade de rede de bares. Tenho muito orgulho disso.